quarta-feira, 24 de maio de 2017

Francisco António Lucas Vital....

Nasceu no dia 27 de Junho de 1954, na cidade de Braga, filho de Eduardo Martins Vital (antigo jogador de futebol dos "Onze Unidos do Montijo", Atlético Clube de Portugal, F.C. Porto, Sporting de Braga, Tirsense, Caldas Sport Clube e Grupo Desportivo de Peniche) e da saudosa Luísa Vital (grande contadora de histórias da carreira futebolística do filho "Chico", diminutivo como carinhosamente o tratávamos e tratamos) e sobrinho de outro grande nome do futebol português o guarda-redes Dinis Vital, que se destacou no Lusitano de Évora. 

Passou grande parte da adolescência, igualmente acompanhado pelas suas irmãs Lúcia e Rosália, na cidade das Caldas da Rainha, sendo também ele um caldense de adopção. Viria a iniciar as suas lides futebolísticas, com a idade de 14 anos no escalão de Juvenil, no clube mais emblemático da cidade, o Caldas Sport Clube, em duas temporadas consecutivas, as de 1968/69 e 1969/70.

Tendo chamado à atenção no Caldas S.C., pelos seus dotes goleadores, transitou para os Juniores do Sport Lisboa e Benfica na época de 1970/71, onde permaneceu até 1971/72, tendo sido colega de futuros jogadores famosos do futebol benfiquista, como Fidalgo, António Bastos Lopes, João Alves, Shéu Han, Pietra...


Equipa Júnior do Sport Lisboa e Benfica -
Época 1971/72

Não tendo conseguido afirmar-se, por ora, no Sport Lisboa e Benfica, iniciou a sua aventura no futebol português, já como sénior, no Futebol Clube de Famalicão, na época 1972/1973, seguindo-se o Atlético Clube Marinhense na temporada de 1973/74. 

"O Chico" no Marinhense, relativo à época
1973/74, em baixo, é o jogador do meio.


Transferindo-se, depois, para o Grupo Desportivo Riopele, onde permaneceu três temporadas (1974/75 a 1976/77). Na época de 1976/1977, foi um dos grandes protagonistas na subida do Riopele à I Divisão Nacional, tendo vencido a Zona Norte da 2.ª Divisão Nacional.

"Chico" Vital na Equipa do Riopele,
Época 1976/77, em baixo, é o terceiro
a contar da esquerda para a direita.

Avançado com excelente "jogo de cabeça", levou José Maria Pedroto, treinador do F.C.Porto, a ver nele potencial para fazer parte do plantel profissional portista (dizia-se que era a "arma secreta" que o "Mestre" Pedroto dispunha para jogar nos campos pelados existentes, nos anos 70, na maioria dos clubes da I Divisão) , tendo permanecido no clube desde o ano de 1977 a 1980 conseguiu ser bicampeão nacional nas épocas 1977/1978 e 1978/1979. No clube portista, fez no total 57 jogos tendo marcado 18 golos (repartidos em: 41 jogos e 11 golos no Campeonato, 9 jogos e 5 golos na Taça e 7 jogos e 2 golos nas competições europeias).

Atacando o golo no Estádio do Restelo
num Belenenses - FC Porto, que ficou
empatado 0-0, relativo à Época 1977/78.

Com a época de 1979/1980 já a decorrer, foi transferido para o Real Bétis de Sevilha, de Espanha, substituindo neste clube o seu antigo colega, no F. C. Porto, António Oliveira, que acabou por voltar, a meio da época, para o clube das Antas, provavelmente por não se ter adaptado ao clube andaluz. Estreou-se no Bétis, em 10 de Fevereiro de 1980, num jogo do Campeonato de Espanha, com o Alméria.

No clube bético permaneceu poucos meses, de Fevereiro a Maio de 1980, tendo realizado 16 jogos e marcado um golo, regressando a Portugal para representar, novamente, o Sport Lisboa e Benfica, apenas uma época, a de 1980/1981, sob a orientação do húngaro Lajos Baroti, onde juntou ao seu palmarés mais três títulos (Supertaça, Campeonato e Taça de Portugal) e foi semifinalista na Taça das Taças (o clube da Luz foi eliminado, nas meias-finais, pelo Carl Zeiss Jena da ex-RDA), tendo feito no total 28 jogos (15 no Campeonato, 4 na Taça, 2 na Supertaça e 7 na Taça das Taças) e marcado 4 golos (1 no Campeonato, 2 na Taça e 1 na Supertaça, este decisivo, aos 86 minutos, contra o Sporting Clube de Portugal, na 2.ª mão da competição, a 29 de Outubro de 1980, no antigo Estádio da Luz, dando a vitória ao marcar o 2-1 final. Na primeira mão, no também antigo Estádio de Alvalade, ambos tinham empatado 1-1).

O plantel do Sport Lisboa e Benfica
da Época 1980/81, apresentado na
Revista alemã "Kicker" (iria jogar com o
Fortuna de Dusseldörf, nos Quartos-de-Final
da Taça das Taças). Vital é o quarto, sentado,
entre António Veloso e Fernando Chalana,
a contar da direita para a esquerda.


Seguiram-se, depois, o Boavista (1981/82), o Farense (1982/83), o Clube de Futebol "Os Belenenses" (1983/84), o Tirsense (1984/85) e finalmente o FC Vizela, onde jogou 3 temporadas (1985/86 a 1987/88), no fim das quais, pendurou as chuteiras para se dedicar à carreira de treinador.


"O Chico" no Boavista (I Divisão Nacional),
na temporada de 1981/82, aqui em acção
num jogo com o Estoril-Praia,
na Amoreira (Estoril).  

No Farense, na temporada de 1982/83
(II Divisão Nacional), "O Chico" encontra-se no
meio, em baixo.

No Belenenses, na temporada de 1983/84
(II Divisão Nacional), O "Chico" é o segundo,
em baixo, a contar da direita para a esquerda.


E no Tirsense (II Divisão Nacional), durante
a época 1984/1985, Vital é o 4.º, em baixo,
a contar da esquerda para a direita.


Chegou apenas uma vez à principal Selecção Nacional, tendo atingido essa internacionalização num jogo, referente à qualificação para o Mundial de 1978, realizado em 16 de Novembro de 1977, no Estádio São Luís, em Faro, perante o Chipre, tendo marcado o terceiro golo, num resultado que acabou por ficar em 4-0, favorável às cores lusitanas.

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